COMUNICAÇÃO/CNPQ Publicado em 20/02/2025
(Foto: COMUNICAÇÃO/CNPQ)
Empreendedores de várias partes do mundo reuniram-se na sede do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) em Brasília para uma imersão que vai capacitá-los a transformar projetos inovadores em negócios sustentáveis.
O encontro durou quatro dias e faz parte do Leaders in Innovaton Ladership Programme (LIF) Global, organizado pela Royal Academy of Engineering, com sede no Reino Unido (RAEng). Segundo a instituição, a iniciativa é focada em "soluções ousadas e escaláveis de todas as áreas da engenharia e tecnologia voltadas para alguns dos desafios ambientais, econômicos e sociais mais complexos do mundo”. Além do Brasil, esta edição conta com a participação de África do Sul, Colômbia, Filipinas, Índia, Malásia, México, Tailândia e Vietnã.
Durante a capacitação, os empreendedores contarão com workshops e palestras nas áreas de administração, marketing e investimentos. Além disso, os envolvidos no projeto terão de cumprir um desafio na área de engenharia e vão participar de treinamentos de pitch - apresentação para vender a ideia a possíveis investidores. Em julho, os participantes irão ao Reino Unido cumprir mais uma etapa do programa e vão apresentar seus produtos a investidores internacionais.
Na abertura do encontro, a diretora de Cooperação Institucional, Internacional e Inovação do CNPq, Dalila de Oliveira, disse que a iniciativa vem ao encontro do esforço brasileiro para internacionalização de projetos inovadores do nosso país. “O CNPq tem desenvolvido programas que buscam estreitar relações entre pesquisa acadêmica e grandes empresas e seus negócios”, disse. O ex- coordenador de Programas de Incentivo à Inovação, Cassiano D'Almeida falou sobre outras estratégias que o CNPq mantém com foco nesse objetivo como o Programa de Mestrado e Doutorado Acadêmico para Inovação MAI/DAI e o Programa Inova Talentos.
De acordo com a representante da Royal Academy of Engineering, Gaëlle Elisha, o objetivo dessa parceria é auxiliar na disseminação de tecnologias que ajudem as pessoas a ter uma vida melhor.
Oportunidade internacional
O CNPq fez a seleção dos sete participantes brasileiros por meio de uma chamada pública. “Foram selecionados projetos com nível de maturidade tecnológica e que tem apelo para a internacionalização”, revelou o coordenador-substituto de Negociação e Assessoramento Internacional, Flávio Velame.
Entre os selecionados está João Pedro Molina, de Taubaté (SP), que é físico e faz parte da equipe da SciEduc, startup da área de educação. Ele conta que a empresa está em fase de desenvolvimento e que a participação no programa auxiliará no objetivo de internacionalização da plataforma. Opinião compartilhada por André Luiz Rocha, engenheiro mecânico e CEO da Eigendauer, startup de indústria manufatureira avançada sediada em São José dos Campos (SP). Ele classifica a experiência como uma “oportunidade única”. Segundo o CEO, a empresa já nasceu com o intuito da internacionalização e esse contato ‘É uma oportunidade de conhecer novos mercados e inserir nossa tecnologia na Europa”, comemorou.